Alkymykos de Beta Cete - O Viajante Com raios circulantes
Criei minha máquina do tempo
Mas não estou tão certo
Quanto já estive antes
Deste meu experimento O espaço e o tempo
Não são objetos
Mas reflexos do pensamento
Ela disse
Por favor, não vá
Pois do futuro
Não há como regressar
Mas como saber
Sem se arriscar
A vida, eu sei, não tem
Valia sem tentar
O portal se projeta
É chegado o dia
A gravidade afeta
Tudo que tem energia
Como dizer
Que o futuro existe
Se a causa de sua existência
É a mesma que a essência de seu limite
A vida, eu sei, não tem
Valia sem tentar
Próximo a velocidade da luz
Busco agora o futuro alcançar
Alkymykos de Beta Cete - Instinto Veloz A estrada é a nossa religião
A velocidade é a nossa prece
E cabe aos poetas
Escreverem o que permanece
Foi dada a largada
Parada a vida não acontece
Instinto veloz
Nada pode nos deter
Pois vagabundos como nós
Nada temos a nos prender
Quebrando barreiras
Vencendo limites
Cruzando fronteiras
O desafio é feito pra que a gente o conquiste
Instinto veloz
Nada pode nos deter
Pois vagabundos como nós
Nada temos à temer
O vento é volúvel
Como as nossas escolhas
São tantos caminhos errados
Mas não há tempo de contar as folhas
No asfalto ondulante
Rosnam motores acelerados
E a lua cintilante
Ilumina os cromados
Instinto veloz
Me sinto feliz
Quando rabisco pelas curvas
Sinuosas de seus quadris
Alkymykos de Beta Cete - Frágil Amparo Na escuridão
A boca amarga
De solidão
E vinho se embriaga
E o coração
Agora vaga
Sem direção
Embora a noite traga
O sonhar com você
Me faz
Buscar acreditar
Um dia lhe rever
Mas vejo ao despertar
Nada tem no amanhecer
A não ser...
Distância
Na superfície frágil e verde
Da ausência
O abismo azul
De nossa cinza existência
E o sonhar com você
Me faz
Me faz acreditar
Um dia lhe rever
Mas vejo ao despertar
Nada tem no amanhecer
A não ser...
A saudade
A saudade é a lágrima em saber
Que sempre...
Sempre haverá algo que ficou...
Por dizer
Só uma certeza
Existe em meu ser
Só uma certeza
Resiste em meu ser
Só uma certeza
Certezas não ter
Alkymykos de Beta Cete - Tábua Esmeralda Tábua Esmeralda
Assim como todas as coisas
Procedem de uma única
Via meditação
Elas também nascem
Dessa mesma coisa
Por uma adaptação
Todo aspecto do mundo físico
De um modo fundamental
Reflete uma realidade
Do mundo espiritual
O que está acima
É como o que está abaixo
E este que está abaixo
Ao de cima é igual
O um é o todo
E é nada
Se não contém
Tudo
O enxofre é o espírito do fogo
O mercúrio é o espírito da fluidez
O universo é mental
Tudo se move, tudo vibra
No ritmo astral
Que a vida equilibra
Não há como limitar ou definir
O começo e o fim
E sempre que tento fazê-lo
Mais a noção desse tempo foge de mim
O um é o todo
Mas nada é absoluto
O um é o todo
E é nada ao mesmo segundo
Alkymykos de Beta Cete - Delírio lunar A mulher ideal
É boa bonita e gostosa
E vira uma pizza à meia-noite
Tantos foram os carinhos
Em vários ninhos de prazer
Mas todos os caminhos
Hoje passam por você
Mulherengo eu sei que sou
Mas nem é meu maior defeito
Te fazer feliz eu sei que vou
Com nenhuma outra eu mais me deito
Nesse mundo todo errado
Uma coisa é certa
Você é um anjo, eu sou o pecado
Mas a gente se completa
Quero fazer de ti, donzela
Uma mulher inteira e bela
Todos os sonhos me levas
Sem nenhuma razão ou porquê
Na luta da luz com as trevas
A beleza se resume a você
Por nenhuma outra senti
Tanta ternura e tesão
Desde que eu a conheci
Entendi o que é solidão
Nesse mundo todo errado
Uma coisa é certa
Você é um anjo, eu sou o pecado
Mas a gente se completa
Quero fazer de ti, donzela
Uma mulher inteira e bela
Quero fazer de ti
A mulher mais feliz
Minha rainha és
A mulher
Que eu sempre quis
Quero fazer de ti
A mulher
Alkymykos de Beta Cete - Código Estrelar 13,7 bilhões de anos é a idade estimada do nosso Universo desde o Big Bang. Isso é tanto tempo que se reduzíssemos para uma escala de 12 meses do nosso calendário, a vida biológica só teria início em meados de Setembro. “Código Estrelar” é um tributo à evolução da vida no planeta Terra. Percorremos um grande caminho na estrada biológica para chegarmos até aqui, e é muito impressionante se pensarmos que todos que estamos aqui hoje, tivemos nossa origem em seres unicelulares. Simples, pequenos, mas vivos! Qual seria o som desses nossos minúsculos ancestrais? Ouça até 30 segundos e poderá ter uma ideia do que imaginamos. E essas interações que emanam como melodias individuais vão gerando harmonias mais complexas, assim como os seres que vão se adaptando, aumentando de tamanho, inundando a mãe Terra com seus brinquedos ainda infantis. Em 1:10 surgem as plantas, e que forma de vida mais festejada! Como são impressionantes! Em retribuição, elas passam a ditar um ritmo acelerado para o crescimento de todo o planeta. Oxigênio! Gigantes dinossauros agora podem existir, e é possível ouvir o peso de suas passadas pelo solo (1:24). Os ancestrais dos primeiros mamíferos surgem logo após com sua melodia bem mais delicada, tendo muitas dificuldades para fazer um contraponto com as outras criaturas dominantes. Até que tudo isso é interrompido em (2:00), quando uma bola de fogo cai na Terra e muda todas as regras do jogo. Ser grande agora é uma desvantagem, enquanto as criaturas mais frágeis se adaptam e redesenham a vida. Mas não foi fácil! Em um mundo escuro e devastado, muitas vidas se perderam. Então a Terra, igual a uma mãe dedicada e incansável, se reorganiza e gera novas oportunidades. A vida pode prosperar novamente (2:45). A evolução alcança uma velocidade vertiginosa e a Terra se torna repleta de imensa variedade de vida. Era inevitável que à partir de um certo ponto na história surgissem os seres Auto Conscientes (3:29). Racionais, Emocionais, Criativos... capazes até mesmo de buscarem suas origens e ressignificarem suas existências. (4:14) Não é o fim, mas a continuação de um caminho que ainda segue com seu destino em aberto, apesar das Teorias e Crenças de um fim pelo fogo através do Sol como Gigante Vermelha, ou pelo gelo, através da Morte Térmica do Universo. Ambos decretariam o fim da vida biológica, mas seria possível continuar existindo em alguma outra forma de vida?
Alkymykos de Beta Cete - Saqqara Erguida após o dilúvio
Saqqara...
A primeira pirâmide do Egito
Em seus muros de granito maciço
Quinze pórticos
Mas só um é o verdadeiro
Na extensa passagem estreita
Entra um visitante por vez
Porque o aprendizado é individual e intransferível
Assim ensina Imhotep
O sábio que a fez
Nas câmaras azuis
Vasos em alabastro
Urnas, tigelas e potes
Vibram com os mantras
Entoados pelos sacerdotes
Apenas
Aos puros e justos de coração
Era permitido perceber
Uma outra dimensão
A compreensão do tempo
Está no entendimento
De que em algum momento
Prisioneiros desse próprio tempo
A história nos reduz
Imhotep tinha
O conhecimento
De ser a energia
Do pensamento
Dezenas de vezes mais veloz que a luz
Apenas
Aos puros e justos de coração
Era permitido perceber
Uma outra dimensão
Alkymykos de Beta Cete - Bacilo Vacilante De minha rotina reclamo
Não viver um grande amor
Ninguém merece
Queria tanto lhe dizer que a amo
Mas ela também
Sequer me conhece
Dizem que o sofrimento
É um sentimento
Que enobrece
Mas quanto mais nela eu penso
Mais me convenço
Que miserável o tempo parece
Se eu achasse as palavras
Se ela ao menos me ouvisse
Se eu deixasse de achar
E apenas simplesmente agisse
Tantos idiotas
A me governar
Entre os cordeirinhos
Qual será o meu lugar?
Não faço nada certo
Eu só quero reclamar
Um brinde aos imbecis
Pois deles dependem
Os governantes deste país
Se eu achasse as palavras
Se ela ao menos me ouvisse
Se eu deixasse de achar
E apenas simplesmente agisse
E se às injustiças, eu não me calasse
E se a humanidade escutasse o meu grito
Se ao menos eu fizesse a minha parte
E lutasse pelo que acredito
(mas eu não consigo)
Alkymykos de Beta Cete - Horizonte de Eventos
O que sei?...
O que sou?...
Por quê vim?...
Por onde vou?...
Alguém me ajude, por favor
Não sei nem mesmo aonde estou
Não consigo me lembrar
Também não posso enxergar
O sangue que me escorre é frio
Não me sinto respirar
É como estar no vácuo
É só este vazio
Tudo tem um tom opaco
Mas resta uma fresta e esta é o meu pensar
Nada mais faz sentido
Neste esquisito, neste maldito lugar
E ainda há esse ruído
Que não consigo, eu não consigo silenciar
Entre o ser e o espaço
Por onde ir?...
O que faço?...
Tenho que sair daqui
mas como escapo?...
Tenho que sair daqui
o que sei?...
o que sou?...
por quê vim?...
por onde vou?...
Nada mais faz sentido
Neste esquecido,neste maldito lugar
Mas eu, eu acredito
Que o amanhecer
Ainda hei de encontrar